Por: Jairo Lima
Eu aqui passando mal com a falta de umidade fiquei matutando sobre três assuntos, que não são congruentes em sua totalidade, mas, que na essência, tem muito a ver um com o outro: rapé; 2a Conferência Indígena da Ayahuasca e; meu irmão querendo um ‘desenho’ pra fazer uma tattoo…
Sobre o rapé, assunto que escrevi bastante há uns dois anos atrás, a novidade foi que um grupo de txais buscaram o Ministério Público para denunciarem a banalização do uso e comércio do rapé indígena, pedindo apoio das autoridades para regulamentar e/ou criar mecanismos de proteção ao uso tradicional, pois, segundo os denunciantes, estão misturando o rapé com álcool e drogas, bem como o mesmo está sendo usado de maneira abusiva… etc etc…. (clique aqui para ver a matéria).
É um movimento interessante esse aí dos txais, claro que sem muitas chances de dar algum resultado, mas, ao menos, vale a intenção pôr o assunto de volta ‘na roda’, ao mesmo tempo que traz para o papo as instituições do poder estatal.
Ora, que estão ocorrendo abusos isso não é novidade, e, infelizmente, não é só entre os dawa (não-índios) não. Tem muitos txais indígenas que vem esquecendo os cuidados com seu uso.