NADA DE NOVO...
Por: Jairo Lima
Dois anos!
Sim! Dois anos sem escrever minhas percepções do mundo
indígena e do caos existencial não-indígena que nos cerca e sufoca a cada dia.
Não que eu tivesse algo útil de falar nesse período todo de
silêncio literário, ou até mesmo imprescindível. Talvez uma opinião ou outra
sobre particularidades que, talvez, não encontrassem eco ou reverberassem em
meio a profusão de (des)informações que a cada dia nos cercam e azucrinam o
juízo. Até mesmo, porque, nesse mundo de TikTok’s qualquer coisa que
avance mais que um minuto em nossa atenção parece perder o sentido. Tudo acontece
muito rápido, mesmo em meio a lerdeza que a pandemia no enfiou por dois anos.
Fiquei os dois anos de pandemia dando conta de questões
profissionais e alguns labores musicais que se compensavam, evitando que eu
caísse em algum estado letárgico de emoções ou, pior, fechasse-me em alguma
opinião extrema e ultrapassada baseada em nostalgias inexistentes – Se é que me
entendem. Pouco ou quase nada interagi nas mídias sociais, até porque as mesmas
não estavam em calmaria, ao contrário, mais assemelhavam-se a um lago cheio de
tubarões e piranhas.