sábado, 4 de junho de 2022

 

SUBIDAS E DESCIDAS... CHEGADAS E IDAS

Por: Jairo Lima

Gosto de música, isso é fato, afinal sou músico. Bem na verdade estou mais pra ‘tocador’...

Mas tem estilos musicais que me cativam muito, e isso se dá tanto pela beleza da harmonia de sua execução quanto das lembranças e sensações que me trazem.

Em especial gosto da música indígena e da música Tuareg. Poderia citar vários expoentes dessas vertentes musicais, tão exóticas (ao menos para boa parte do mundo) quanto sensoriais. Porque digo isso? Digo porque ao ouvi-las chego até a sentir a mesma sensação das viagens longas e ‘intermináveis’, de subidas e descidas de rios, num constante ‘tô chegando’ a cada nova curva dessas veias de água que alimentam a natureza.

Aquela sensação de liberdade que só é sentida quando nos deparamos com um gigantesco mundo novo à nossa frente, como os rios que cortam e alimentam o mundo ou a imensidão vertiginosa de um deserto. No momento em que escrevo essa crônica ficou ouvindo essas canções no meu fone de ouvido, e não deixo de sentir uma saudade enorme dessa sensação.

domingo, 24 de abril de 2022

NADA DE NOVO...


Por: Jairo Lima

Dois anos!

Sim! Dois anos sem escrever minhas percepções do mundo indígena e do caos existencial não-indígena que nos cerca e sufoca a cada dia.

Não que eu tivesse algo útil de falar nesse período todo de silêncio literário, ou até mesmo imprescindível. Talvez uma opinião ou outra sobre particularidades que, talvez, não encontrassem eco ou reverberassem em meio a profusão de (des)informações que a cada dia nos cercam e azucrinam o juízo. Até mesmo, porque, nesse mundo de TikTok’s qualquer coisa que avance mais que um minuto em nossa atenção parece perder o sentido. Tudo acontece muito rápido, mesmo em meio a lerdeza que a pandemia no enfiou por dois anos.

Fiquei os dois anos de pandemia dando conta de questões profissionais e alguns labores musicais que se compensavam, evitando que eu caísse em algum estado letárgico de emoções ou, pior, fechasse-me em alguma opinião extrema e ultrapassada baseada em nostalgias inexistentes – Se é que me entendem. Pouco ou quase nada interagi nas mídias sociais, até porque as mesmas não estavam em calmaria, ao contrário, mais assemelhavam-se a um lago cheio de tubarões e piranhas.