Panela de barro, Povo Nukini |
Por: Jairo Lima
Nesse dominicus* em que minha pena tecnológica traça as linhas dessa crônica e um resfriado me aflige a paciência, observo que as redes sociais estão pegando fogo, ‘acendidas’ por alguma ‘polêmica da semana’ que surrupiou os ânimos e os neurônios de muitos, penso na semana que passou, em que o espírito do grande pajé Sapaim Kamayurá voou em direção às estrelas e onde, uma série de pequenos dramas e percepções se interligaram como que traçados em uma teia por uma aranha fantástica, tal qual o ser divino e sobrenatural que ensinou os traços das pinturas do Povo Ashaninka.
No meio de tudo isso comecei a dar publicidade de um projeto que venho desenvolvendo, e que tem tudo pra dar errado, morrer na praia, como costumam dizer. Trata-se de divulgar e fomentar a produção e valorização de uma prática que, pelo menos pelas bandas do Aquiry precisa ser mais difundida, sob o risco de se tornar um conhecimento ‘perdido’ no decorrer dos anos que virão: produção de arte e artesanato a partir de matéria-prima natural, utilizando técnicas tradicional (pelo menos em grande parte) em seu feitio.