Por: Raial Orotu Puri
“Esse, esse é o nosso último tesouro, o único que ainda não levaram. Esse não podemos deixar de jeito nenhum levar embora!!”Essa frase preocupada e incisiva foi dita numa reunião que tive dia desses, aonde conversei com um parente que apresentava o resultado ainda parcial de uma pesquisa que ele vem fazendo há alguns anos, sobre uma parte específica da tradição de seu povo. Foi uma conversa delicada e muito interessante, a qual, obviamente, não irei aqui detalhar. Ajudei naquilo que podia: do ponto de vista de meu ‘ethos’ com formação em direito, dei indicações específicas sobre caminhos jurídicos para proteção daquela pesquisa e daquele conhecimento, e do ponto de vista pessoal, dividi com ele a minha preocupação acerca da necessidade de proteger os segredos dos olhos ‘alheios’.