domingo, 24 de março de 2019

UM DEDO DE PROSA PARA ESCLARECER A QUE(M) SERVEM AS FAKE-NEWS QUE VOCÊ RECEBE…

Por: Raial Orotu Puri
Nos últimos tempos eu estive às voltas com a minha qualificação do Doutorado, rito esse que finalmente foi ultrapassado no último dia 08/02. E o finalmente é aqui colocado em face de todo um percurso pelo qual passei desde que cheguei ao Acre, e que dentre outras coisas envolveu padecimentos físicos, um quadro depressivo, e a necessidade de trabalhar enquanto pesquisava e escrevia, por motivos de: eu não nasci rica e preciso pagar as contas... (Afinal de contas pós-graduação no modo roots não é na base do versículo bíblico!). 

Em face de tais circunstâncias, é natural que eu tenha andado meio de fora do circuito de debates da internet, embora, uma vez ou outra eu dê uma olhada no que se conversa, ou seja chamada à parte para discutir uma ou outra coisa. Foi assim que esses dias uma amiga pediu ajuda para embasar uma discussão que ela estava travando com um colega, baseada em uma reportagem. Eu já tinha visto a matéria em questão, e mandado-a para o limbo das coisas que nem me dou ao trabalho de comentar, de tão toscas que são. Porém, em consideração ao pedido da minha amiga, tirei a coisa do limbo, reli criticamente e encaminhei para ela algumas reflexões do que eu pensava sobre o assunto e acreditei que a coisa acabava por aí. 

domingo, 10 de março de 2019

WAKA MAIKIRIA

Por: Jairo Lima

Findou o carnaval, pelo menos é o que parece já que hoje em dia não se sabe ao certo quando ele começa e quando termina. 

Sento para escrever minha crônica do mês. Fico matutando se ainda tenho algum assunto para compartilhar com meus poucos leitores. Decido ir ouvir música indígena enquanto navego pelas mídias para me alienar e me informar e, nesse processo alienante vejo no ‘feicebuqui’ que o ator Fábio Assunção esteve por estas bandas, aqui no Acre Indígena, mais precisamente na aldeia Morada Nova, povo Shanenawa, município de Feijó. Ele veio em busca de cura para suas mazelas materiais e espirituais através da força das medicinas indígenas, capitaneadas, claro, pelo ‘Uni’ (Ayahuasca).

Vi as várias postagens sobre essa visita, já que estive ‘fora do ar’ durante todo o piseiro carnavalesco e, nas redes sociais em comum com os parentes Shanenawa vi o sujeito ‘antes’ e ‘depois’ da visita, nas diversas fotos compartilhadas. Bem, a meu ver, excetuando-se a cara de quem não dormiu nada (e isso deve ser comum para ele) o figura parecia bem, até se comprometeu a voltar em setembro.