Por: Jairo Lima
A vida
da gente é cheia de lembranças, e quanto mais velhos ficamos, mais lembranças
temos. Entre estas lembranças temos aquelas que nos são muito queridas e outras
que são extremamente marcantes. Claro que as lembranças familiares sempre
ocupam o topo destas memórias.
Quanto
as demais temos aquelas que nos deixam marcas profundas e outras que nos levam
às lágrimas. Para mim, entre estas, a mais marcante de todas foi a queda do
muro de Berlin. Queda esta que assisti como testemunha ocular, mesmo morando a
milhares de quilômetros de distancia, facilmente suplantados pela tecnologia
televisiva da época.
Para
quem teve uma infância permeada por filmes e notícias que mostravam em todos os
níveis de bizarrices possíveis os meandros da tal “guerra fria” que ainda
assombrava a existência do planeta, a queda deste muro, simbolizou muita coisa,
pois indicava um novo alvorecer no mundo. Até hoje, quando vejo imagens da
época sinto uma indescritível emoção.
Recentemente
o assunto “muro” voltou aos holofotes mundiais, ocupando espaços em todos os
tipos de mídias, em vista da decisão do alaranjado presidente norte americano,
que decidiu erguer um paredão para “proteger” os interesses nacionais de seu
país. Isso vem gerando muito papo, muita revolta e outros sentimentos diversos
contra esse infame projeto. Interessante que esta iniciativa nada tem de
inédito em nossa contemporaneidade, pois no oriente médio, Israel construiu um
tapume idêntico, onde, sob os holofotes dos dramas humanos, ocorrem as mais
diversas tragédias sociais.