segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

SOBRE MUROS DE CONCRETO E MUROS INVISÍVEIS....

Por: Jairo Lima

A vida da gente é cheia de lembranças, e quanto mais velhos ficamos, mais lembranças temos. Entre estas lembranças temos aquelas que nos são muito queridas e outras que são extremamente marcantes. Claro que as lembranças familiares sempre ocupam o topo destas memórias.

Quanto as demais temos aquelas que nos deixam marcas profundas e outras que nos levam às lágrimas. Para mim, entre estas, a mais marcante de todas foi a queda do muro de Berlin. Queda esta que assisti como testemunha ocular, mesmo morando a milhares de quilômetros de distancia, facilmente suplantados pela tecnologia televisiva da época.
Para quem teve uma infância permeada por filmes e notícias que mostravam em todos os níveis de bizarrices possíveis os meandros da tal “guerra fria” que ainda assombrava a existência do planeta, a queda deste muro, simbolizou muita coisa, pois indicava um novo alvorecer no mundo. Até hoje, quando vejo imagens da época sinto uma indescritível emoção.

Recentemente o assunto “muro” voltou aos holofotes mundiais, ocupando espaços em todos os tipos de mídias, em vista da decisão do alaranjado presidente norte americano, que decidiu erguer um paredão para “proteger” os interesses nacionais de seu país. Isso vem gerando muito papo, muita revolta e outros sentimentos diversos contra esse infame projeto. Interessante que esta iniciativa nada tem de inédito em nossa contemporaneidade, pois no oriente médio, Israel construiu um tapume idêntico, onde, sob os holofotes dos dramas humanos, ocorrem as mais diversas tragédias sociais.