terça-feira, 17 de maio de 2016

Mensagem do Txai Macêdo e minha resposta

Txai Macêdo todo elegante - Foto acervo pessoal
Hoje pela manhã deparei-me com uma linda mensagem do Txai Macêdo, a quem dediquei minha postagem de ontem, sobre os Puyanawa.
Resolvi publicar aqui para que todos possam observar e pescar mais um pouquinho de informações sobre os Puyanawa e a afirmação que fiz ontem de que a história de luta deste povo mescla-se com a história de nosso querido Txai.
Com a palavra o Txai Macêdo:

"Querido Txai Jairo Lima, com prazer me levantei as 7:13 horas de hoje para ler seu texto sobre o Povo Puyanawa, o que classifico lindo e muito bem trabalhado, parabéns Txai.
É isso ai pequeno grande Txai, ser indigenista não é fácil mas é saudável quando falamos de nossas convivências com os povos indígenas, quando falamos deles e de seus valores, suas lutas e sua rica consciência cultural com os ambientes que tanto conhecem etno, usam  e preservam.
Realmente nos entristece quando olhamos o desrespeito, a falta de coerência dos atuais governantes sobre os povos indígenas e seus direitos originários. Como se não bastasse tantos males que já causaram a estes povos.
Mas é isso Txai, continue escrevendo bem assim como vem fazendo e mostrando a realidade vivida por nossos povos indígenas. Quem sabe a força jovem desse nosso país veja as causas indígenas e indigenistas com melhores formas de olhar; de aprender e de compreender o pouco que nós, os indigenistas procuramos entender destes povos lindos e tão sábios. Como você bem sabe eu me considero um Phêrindawa (Puyanawa) como disse dona Eunice do Projeto Rondon muito antes de minha chegada junto com o Txai Terri Valle de Aquino e Vera Olinda Sena de Paiva junto aos Puyanawa. E dona Eunice pesquisadora já havia conhecido este povo antes de mim e havia dito ao Brasil e ao mundo que eles eram Puyanawa.
Mas venho aqui com muito prazer agradecer a você por tudo que escreveu e relatou de forma sábia sobre este povo lindo. Alíás, é bom que se diga, Txai Jairo, Phêrindawa é 'gente dos pássaros' que dançam sacudindo as penas das asas. Diferente de Puyanawa que significa 'gente do sapo' , mas dona Eunice não se deu tempo para compreender o que a senhora minha sogra, dona Railda Manaitá disse para ela e terminou atribuindo-lhe uma nomenclatura de autodenominação totalmente diferente de sua real autodenominação.
Um forte abraço, gratidão mesmo por suas lindas atitudes de um grande indigenista que demonstra resultados importantes sobre o que faz no dia-a-dia de nossos trabalhos"
Txai Macêdo


Minha resposta:
Pois é Txai Macêdo, boa esta história sobre o nome Phêrindawa, não sabia. Fico até constrangido destes elogios pois sou menino perto de indigenistas calejados e vividos como você e os que foram citados em sua mensagem.
Resolvi responder aqui mesmo no blog para dar aquele ar nostálgico da velha coluna "Papo de Índio" que você, Terri e Marcelo tanto colaboraram e que, em alguns textos traziam esta dinâmica de "conversarem" na mesma publicação. Isso muito antes desta ferramenta rápida e lépida que é a internet.
Seu jeito elegante de escrever sempre me inspirou e isso fica claro quando vejo que você me concede adjetivos muito além do que realmente me cabe.
Esqueci de mencionar que você é casado com uma Puyanawa, a querida Railda, e com ela tem lindos filhos.
Mas é isso Txai, aproveito aqui minha resposta e deixo a dica para quem não conhece sua ilustríssima pessoa que dê uma olhada no vídeo "O Acre de Txai Macêdo" (clique aqui).
E vamos em frente que a subida do rio é longa, certo Txai?
Que sua saúde seja plenamente recuperada e que você possa mais uma vez iluminar com sua presença este lindo Juruá e possamos tocar uma viola e cantar juntos novamente, como fizemos em algumas noitadas de cipó no sítio da CPI/AC.
Inté!
Jairo Lima

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